Alerta
Nova cepa da dengue é identificada em Mato Grosso
Nova linhagem do vírus, a cosmopolita, foi descoberta após uma pesquisa realizada pela Fiocruz
Saúde | 23 de Junho de 2022 as 11h 27min
Fonte: Fernanda Nazário - SES-MT

Uma pesquisa realizada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em parceria com o Laboratório Central de Mato Grosso (Lacen-MT), identificou a circulação da nova cepa da dengue em Mato Grosso, o genótipo do sorotipo II do vírus, mais conhecido como cosmopolita.
A cepa cosmopolita está presente na Ásia, no Oriente Médio e na África. No Brasil, o primeiro caso foi registrado em Goiás e, em seguida, foram identificados casos em Mato Grosso do Sul, São Paulo e Mato Grosso.
No Estado, a análise foi feita pela equipe coordenada pelo pesquisador da Fiocruz, Luiz Carlos Júnior Alcântara, que recebeu, entre 5 e 10 de junho, 32 amostras com resultado positivo prévio para dengue.
Após sequenciamento utilizando a metodologia de nanoporos, do total de amostras analisadas, 29 corresponderam ao tipo DENV-1 genótipo V, cepa mais comum no Estado, e três amostras corresponderam ao DENV-2 genótipo emergente de tipo II, a variante cosmopolita.
Os casos da variante cosmopolita são provenientes dos municípios de Cuiabá, Nortelândia e Sorriso. Para a pesquisa, também foram colhidos materiais nos municípios de Novo mundo, Nova Maringá, Santo Antônio do Leverger, Tangará da Serra, Lucas do Rio Verde, Nova Santa Helena, Água Boa e Nortelândia.
“Esta é a primeira detecção deste genótipo no estado e esse achado aponta para a necessidade de reforçarmos o monitoramento genômico desse patógeno emergente para compreendermos a sua difusão em Mato Grosso e no Brasil”, diz o pesquisador Luiz Carlos Júnior Alcântara, no relatório da pesquisa.
O secretário adjunto de Atenção e Vigilância em Saúde da Secretaria Estadual de Saúde (SES-MT), Juliano Melo, explica que, apesar da nova cepa ser mais transmissível que as variantes que já circulam no estado há anos, os cuidados preventivos a esse novo genótipo da dengue permanecem os mesmos já amplamente divulgados, como limpeza dos quintais.
“Não existe uma vacina ou um medicamento preventivo à dengue. Para o enfrentamento da doença, é imprescindível que a população mantenha os cuidados diários, como certificar-se de que a caixa da água está devidamente tampada, assim como as lixeiras. Devemos ainda limpar as calhas e trocar areia dos vasos de planta semanalmente, além de preservar os ralos limpos e manter garrafas ou recipientes de boca para baixo”, reforça o gestor.
A diretora do Lacen-MT, Elaine Cristina Oliveira, alerta para a importância de os serviços básicos estarem preparados para o enfrentamento da doença, independentemente do genótipo dela.
“É crucial assegurar que a limpeza urbana, realizada pelas prefeituras, e a limpeza individual, realizada pelos moradores, sejam diárias. É necessário também os municípios manterem a Atenção Básica atenta aos sintomas dos pacientes que chegam no pronto-atendimento”, pontua Elaine.
Sobre a dengue
O vírus da dengue é transmitido pelo mosquito Aedes aegypti. O vírus possui quatro sorotipos e cada um pode ser subdividido em diversas linhagens. O genótipo II, cosmopolita, é uma das seis linhagens do sorotipo 2. A dengue, de modo geral, causa febre e náuseas, desidratação, dor abdominal, exantema (irritação da pele), dor de cabeça, dor retroorbital (dor ao redor dos olhos).
Além da dengue, o Aedes aegypti também é transmissor da Chikungunya e do Zika Vírus.
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