Plantio
MT: comissão quer semeadura da soja até 31 de dezembro
Das 16 instituições que constituem a CDSV-MT, 11 recomendaram o período
Rural | 30 de Dezembro de 2021 as 10h 27min
Fonte: Agrolink

O Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea MT) realizou uma consulta aos membros que compõe a Comissão Estadual de Defesa Sanitária Vegetal (CDSV-MT), sobre o período de vazio sanitário e calendário de semeadura de soja no estado de Mato Grosso para o ano de 2022. Das 16 instituições que constituem a CDSV-MT, 11 recomendaram o período de vazio sanitário de 15 de junho a 15 de setembro e calendário de semeadura de 16 de setembro a 31 de dezembro. O resultado da consulta vai subsidiar o envio das sugestões dos períodos à Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
A consulta se deu necessária após a SDA/Mapa publicar a Portaria nº 306, de 13 de maio de 2021, atualizando o Programa Nacional de Controle da Ferrugem Asiática da Soja (PNCFS) e instituindo a Estratégia de Vazio Sanitário da Soja como medida fitossanitária para o controle da praga Phakopsora pachyrhizi e o Calendário de semeadura da Soja como medida fitossanitária complementar, para racionalização do número de aplicações de fungicida e redução dos riscos de desenvolvimento de resistência do fungo às moléculas químicas utilizadas como fungicidas para o controle da Ferrugem Asiática da Soja.
Considerando que a referida Portaria nº 306/2021 determinou que ambos períodos serão estabelecidos pela SDA/MAPA, com base nas sugestões dos Órgãos Estaduais de Defesa Sanitária Vegetal, em articulação com as Superintendências Federais de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, em cada unidade da federação, considerando ainda os dados de pesquisa científica, de monitoramento da praga na safra anterior, os resultados dos ensaios de eficiência de fungicidas, o zoneamento agrícola, as condições climáticas, entre outros.
A CDSV-MT é um órgão, criado em outubro de 2021, pelo Governo do Estado de caráter consultivo e propositivo sobre os temas de natureza fitossanitária relevantes para a agropecuária de Mato Grosso.
A Comissão é composta por representantes do setor público e privado, com representação na agropecuária mato-grossense e composta pelo Indea MT (instituição coordenadora), Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec-MT), Superintendência Federal de Agricultura do Estado de Mato Grosso (SFA-MT), Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa Agrossilpastoril, Empresa Mato-Grossense de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Empaer), Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Mato Grosso (Crea MT), Universidade Estadual de Mato Grosso (Unemat), Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso –(Famato), Federação dos Trabalhadores na Agricultura em Mato Grosso (Fetagri), Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão (Ampa MT), Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado de Mato Grosso (Aprosoja), Associação dos Produtores de Sementes de Mato Grosso (Aprosmat), Associação dos Produtores de Feijão, Trigo e Irrigantes de Mato Grosso (Aprofir MT) e Universidade de Várzea Grande (Univag).
Vazio sanitário e calendarização da semeadura da soja – Segundo a Embrapa o vazio sanitário e a calendarização da semeadura da soja são estratégias para o manejo da ferrugem-asiática da soja. Porém, essas medidas têm objetivos diferentes. O vazio sanitário deve ser realizado antes da implantação da lavoura, sendo iniciado no planejamento agrícola.
Dessa forma, compreender o vazio sanitário será extremamente relevante para elaborar o planejamento da semeadura da soja. O vazio sanitário é o período de no mínimo 60 dias sem a cultura e plantas voluntárias de soja no campo. Pode variar de 60 a 90 dias, dependendo da região. No Brasil, treze estados e o DF adotaram essa medida, estabelecida por meio de normativas. Além do Brasil, o Paraguai também estabeleceu o período de vazio sanitário.
O objetivo do vazio sanitário é reduzir a sobrevivência do fungo causador da ferrugem-asiática durante a entressafra e, assim, atrasar a ocorrência da doença na safra. A ferrugem asiática da soja é a doença mais severa que atinge a leguminosa e a que demanda maior investimento dos produtores para combatê-la. Ela é favorecida por chuvas e umidade, podendo ocasionar grandes perdas na lavoura. O vazio pode reduzir a aplicação de fungicidas, diminuindo o custo de produção da soja.
Semeaduras tardias de soja podem receber inóculo (esporos do fungo) já nos estádios vegetativos, exigindo a antecipação da aplicação de fungicida e demandando maior número de aplicações. Quanto maior o número de aplicações, maior o custo, maior a exposição dos fungicidas e maior a chance de acelerar o processo de seleção de populações resistentes a esses fungicidas. É importante ficar atento às datas do vazio sanitário em cada estado, já que cada um varia de acordo com a lei local. Se o produtor não realizar o vazio sanitário estará sujeito a multas aplicadas pelo Estado.
Importância da calendarização da semeadura da soja - As sementes que eventualmente caem no chão durante a colheita da soja não devem germinar, é necessário fazer o controle químico ou mecânico dessas plantas. Normalmente o controle químico se faz necessário já que se faz o controle de outras plantas invasoras e também se preserva o sistema de plantio direto.
A calendarização da semeadura se torna uma aliada ao planejamento agrícola da soja, é o período que determina a semeadura da soja, importante para reduzir o número de aplicações de fungicidas ao longo da safra e reduzir a pressão de resistência dos fungos aos fungicidas.
O planejamento da semeadura da soja não é uma tarefa fácil, o produtor precisa ter em mãos todas as atividades que precisam ser executadas para não perder a janela de semeadura que pode ser bem curta. Além disso, todo o maquinário deve estar com a manutenção em dia para evitar qualquer problema relacionado a esse fator durante a semeadura.
Manejo da Ferrugem Asiática - A doença é causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi, sendo uma das doenças que mais têm preocupado os produtores de soja.
O seu principal dano é a desfolha precoce, impedindo a completa formação dos grãos, com consequente redução de produtividade. O nível de dano que a doença pode ocasionar depende do momento em que ela incide na cultura e das condições climáticas favoráveis a sua multiplicação. Devido à facilidade de disseminação pelo vento, a doença ocorre em praticamente todas as regiões produtoras de soja do Brasil.
A doença causa pequenas pontuações de coloração mais escura que o tecido foliar superior, na parte inferior da folha, surgem pequenas verrugas, chamadas de urédias, que é o local onde o fungo produz os seus esporos. A coloração dessas urédias, em um estágio mais avançado, passa de castanho-claro para castanho-escuro e o tecido foliar nessa região fica castanho-claro.
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