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Bom dia, Terça Feira 12 de Agosto de 2025

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Retração

Mercado de defensivos para soja recua na safra 2024/25, apesar de área tratada recorde

A retração foi influenciada principalmente pela desvalorização do real frente ao dólar e pela queda dos preços dos produtos

Rural | 12 de Agosto de 2025 as 08h 30min
Fonte: Globo Rural

Foto: Gilson Abreu / AEN

A movimentação financeira do mercado de defensivos agrícolas para a soja registrou queda na safra 2024/25, apontam dados do levantamento FarmTrak Soja, realizado pela consultoria Kynetec Brasil. Por outro lado, a área tratada alcançou o maior volume já registrado pela consultoria.

egundo a pesquisa, realizada com 3.700 produtores de soja em regiões-chave, o valor transacionado chegou a US$ 9,45 bilhões, uma redução de 4,3% em relação aos US$ 9,87 bilhões registrados na safra anterior.

A retração foi influenciada principalmente pela desvalorização do real frente ao dólar, de 7,7% no período analisado, e pela queda média de 8% nos preços dos produtos, aponta o levantamento.

Apesar do recuo no faturamento, a área potencial tratada com defensivos, que considera o número de aplicações de produtos por hectare, teve alta de 12% e superou a marca de 1,4 bilhão de hectares, o maior volume já registrado pela consultoria.

O levantamento indica que os fungicidas foliares seguiram como a categoria mais vendida, com participação de 40% no total comercializado e movimentação de US$ 3,82 bilhões, um aumento de 3% em relação à safra anterior. Os inseticidas foliares apareceram na sequência, com US$ 2,23 bilhões em vendas, representando 23,6% do mercado, o que corresponde a uma queda de 9% em relação à temporada passada.

Os herbicidas mantiveram a terceira posição no ranking, com US$ 2,18 bilhões em vendas, o equivalente a 23% do total, também abaixo do resultado anterior, de US$ 2,4 bilhões. O uso de glifosatos respondeu por 43% dentro desse grupo.

Produtos para tratamento de sementes representaram 6% do mercado, com US$ 558 milhões, enquanto os nematicidas movimentaram US$ 250 milhões, equivalentes a 2,6% do total. A adoção de nematicidas cresceu, sendo observada em 36% da área cultivada, frente aos 31% da safra anterior.

Adjuvantes e inoculantes somaram US$ 418 milhões, ou 4,4% do mercado total de defensivos para soja.

Na análise por área cultivada, a Kynetec apontou aumento de 5,2% em relação ao ciclo anterior, alcançando 46,3 milhões de hectares. Mato Grosso permanece como o maior produtor de soja do país, com 28% da área total, seguido por Rio Grande do Sul, Paraná e Goiás, com 14,3%, 12,7% e 11%, respectivamente.

Partes da Bahia, Maranhão, Tocantins, Piauí e Pará concentraram mais de 15% da área plantada e foi destacada como a principal fronteira de expansão da cultura, com crescimento de 9%.

O levantamento também mostrou avanço no uso de biotecnologias. A área cultivada com variedades de soja com tolerância a lagartas (Bt de segunda geração) aumentou de 11% para 24% entre as duas últimas safras, com mais de 150 variedades identificadas.