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Eleições 2016

Sinop terá renovação automática de um terço dos seus vereadores

Dos 15 vereadores eleitos, 5 não disputarão a eleição

Política | 02 de Agosto de 2016 as 10h 30min
Fonte: Jamerson Miléski

Desencanto com a vida pública, fadiga legislativa ou projeção na carreira política afastarão 5 vereadores da tentativa de reeleição. Independente de qual seja a vontade dos eleitores, a Câmara de Sinop terá uma renovação automática de um terço dos seus membros.

As desistências não são recentes e refletem mais uma postura pessoal dos vereadores do que eventuais descontentamentos com coligações ou manobra dos caciques partidários. O primeiro a anunciar a sua retirada foi o vereador Francisco Specian Junior (PMDB). Vereador de segundo mandato, Specian é médico da rede pública de saúde, também foi secretário de saúde e, antes de residir em Sinop foi prefeito de Tapurah. Depois de experimentar todas as esferas da política municipal, Specian volta-se apenas ao seu oficio de médico. “Nenhum organismo vivo aguenta tanta paulada, diariamente sendo cobrado e criticado pelos mais diferentes motivos e ainda assim se manter em pé para fazer o que precisa ser feito”, declarou Francisco, em referência a sua passagem pela secretaria de Saúde, cargo público que considera mais útil entre os que ocupou.

O segundo nome que está fora da eleição de 2016 também teve uma experiência como secretário municipal. Nevaldir Graf, Ticha (PMDB), também encerra o seu segundo mandato para não mais voltar. Ticha, que chegou a ser vereador em sua cidade natal, São Lourenço do Oeste (SC), na década de 80, se desencantou com a atividade legislativa. “O que o vereador pode fazer de fato é muito pouco”, comenta. A maior parte dos seus dois mandatos de vereador Ticha passou dentro do poder executivo. Foi secretário de Indústria e Comércio, e de Administração. Sua última articulação política foi para tentar ser o candidato a vice, na chapa encabeçada por Rosana Martinelli (PR), para a eleição desse ano. Como não prosperou, Ticha encerra a sua passagem política e resigna-se a sua atividade empresarial.

O caso mais eminente de “desencanto” e fadiga do legislativo municipal é Roger Schallemberger (PR). Vereador de primeiro mandato, Roger faz parte das duas mesas diretora da Câmara na atual legislatura, como vice-presidente. A carreira como político será encerrada precocemente. Na sessão desta segunda-feira (1), Roger anunciou que não disputará a reeleição.

A conta da renovação automática da Câmara pode ser ainda maior se considerado o caso do vereador Claudio Santos (DEM), que simplesmente renunciou o mandato em fevereiro desse ano.

Enquanto alguns se preparam para sair espontaneamente da política, outros estão progredindo na carreira. Dois membros do legislativo municipal disputam em 2016 uma vaga no executivo. É o caso de Fernando Assunção (PSDB), que será candidato a vice-prefeito, e de Dalton Martini (PP), candidato a prefeito. Essa movimentação, de vereadores que disputam a eleição majoritária, é atípico em Sinop. Nos últimos 20 anos nenhum vereador disputou a eleição para prefeito do município. O processo mais comum é o vereador virar deputado estadual e então pleitear o posto de gestor municipal – fato que ocorreu com os últimos dois prefeitos de Sinop: Nilson Leitão (PSDB), em 2000; e Juarez Costa (PMDB), em 2008.

Segundo o TRE/MT (Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso), Sinop possui 88.087 eleitores, sendo que 76 mil estão cadastrados com biometria (reconhecimento da impressão digital). Se o percentual de votos válidos para vereador nas eleições passadas se mantiver, os candidatos repartirão cerca de 50 mil votos. Isso significa que cada 3,4 mil votos representará uma cadeira na Câmara de Vereadores.