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Judiciário / Sodoma 4

Silval, empresários e ex-secretários viram réus em ação penal

Juíza Selma Arruda aceita denúncia do MPE e 17 pessoas vão responder a processo criminal

Política | 07 de Novembro de 2016 as 15h 07min
Fonte: Airton Marques/Mídia News

A juíza Selma Arruda, que aceitou denúncia do MPE contra Silval e mais 16 pessoas |

A juíza Selma Arruda, da Vara Contra o Crime Organizado da Capital, recebeu a denúncia do Ministério Público Estadual (MPE) referente à 4ª fase da Operação Sodoma, deflagrada em setembro deste ano.

Com a decisão, proferida no dia 3 de novembro, passam a ser réus da ação penal o ex-governador Silval Barbosa (PMDB); os ex-secretários de Estado Pedro Nadaf, Marcel de Cursi, César Zílio e Pedro Elias; o médico e filho de Silval, Rodrigo Barbosa; os empresários Alan Malouf e Valdir Agostinho Piran; e outras nove pessoas.

Os réus passam a responder por delitos como organização criminosa, corrupção passiva, lavagem de dinheiro, receptação qualificada, falsidade ideológica e coação.

Esta é a terceira ação referente à Operação Sodoma, e investiga suposto esquema envolvendo uma desapropriação do Estado em uma área do Bairro Jardim Liberdade, em Cuiabá, no valor de R$ 31,7 milhões, que pertenceria à empresa Santorini Empreendimentos Imobiliários. 

De acordo com Selma, a denúncia foi “satisfatória” ao descrever as condutas apontadas a cada um dos 17 denunciados.

“Apontando em cada fato narrado o suporte probatório correspondente, especialmente os resultados da análise de documentos fornecidos durante as investigações, depoimentos, das transferências de sigilos bancários, diligências de campo, consultas a órgãos públicos e outras providências adotadas na fase de investigação”, afirmou.

Selma Arruda também suspendeu o prazo para que o MPE oferecesse denúncia contra dois dos cinco delatores que colaboraram para a deflagração de mais uma fase da operação: o empresário Filinto Muller, que atua em factoring, e o advogado Gabriel Gaeta Aleixo.

A Operação Sodoma 4, deflagrada no dia 26 de setembro, prendeu o ex-secretário de Estado de Planejamento Arnaldo Alves, o procurador aposentado Francisco Gomes de Andrade Lima Filho, o Chico Lima, e o empresário Valdir Piran – que foi colocado em liberdade no dia 28 de outubro, após pagar fiança de R$ 12 milhões.

Também tiveram mandados de prisão cumpridos o ex-governador e o ex-secretário de Fazenda Marcel de Cursi, que já se encontravam detidos no Centro de Custódia da Capital.

Na lista de réus da nova ação também estão: o ex-chefe de gabinete de Silval Sílvio Cezar Correa Araújo; o ex-secretário adjunto de Administração, coronel da PM José de Jesus Nunes Cordeiro; o procurador-geral do Estado aposentado, Francisco Gomes de Andrade Lima Filho, o “Chico Lima”; a ex-secretária de Pedro Nadaf na Fecomércio, Karla Cecília de Oliveira Cintra; o ex-secretário de Planejamento, Arnaldo Alves de Souza Neto; o ex-presidente do Instituto de Terras de Mato Grosso, Afonso Dalberto; o ex-presidente da Companhia Mato-grossense de Mineração (Metamat), João Justino Paes de Barros; o empresário Antônio Rodrigues de Carvalho; e o advogado Levi Machado de Oliveira.

Mesmo com a aceitação da denúncia, por terem firmado acordo de delação premiada, Afonso Dalberto, Antônio Rodrigues e João Justino poderão ser beneficiados com a redução da pena e, até mesmo, o perdão judicial.

Além deles, o acordo firmado pelos ex-secretários César Zílio e Pedro Elias em ações penais referentes a outras fases da operação foram anexadas a este novo processo.