Briga grande
Roseli Barbosa pede afastamento da juíza Selma Arruda, responsável por sua prisão
Política | 02 de Dezembro de 2015 as 10h 00min
Fonte: Olhar Direto / Túlio Paniago

A defesa de Roseli Barbosa, esposa do ex-governador Silval Barbosa, protocolizou pedido de exceção de suspeição (recurso jurídico quando há dúvida quanto à imparcialidade e independência com que deve atuar) contra a juíza Selma Rosane Arruda, responsável pela prisão da ex-primeira-dama em agosto, que, supostamente, estaria envolvida em um esquema de corrupção estipulado em R$ 8 milhões.
O pedido foi encaminhado, nesta terça-feira (1), para a Segunda Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJ-MT), sob relatoria do desembargador Rondon Bassil. Esta não é a primeira vez que a defesa de Roseli tenta afastar a juíza da condução da Operação Arqueiro. Em outubro, após a magistrada divulgar a delação de Paulo Lemes, um dos beneficiários do esquema, a defesa alegou serem nulos todos os atos do processo a partir da delação de Lemes.
Na ocasião, os advogados de Roseli ingressaram com uma arguição de impedimento, sustentando que a juíza teria extrapolado os limites de sua função, pois estaria, durante a fase de investigação, “colhendo provas pessoalmente” durante os depoimentos prestados por Lemes.
“O sistema acusatório impede que o juiz pratique atos de investigação penal, especialmente a colheita de depoimentos de forma sigilosa na fase de investigação. Se fizer isto, o magistrado estará impedido de conduzir a ação penal. A investigação é tarefa da polícia e do Ministério Público”, afirmou o advogado Ulisses Rabaneda na época do ocorrido.
Vale lembrar que a juíza Selma Arruda também é responsável pela prisão do marido de Roseli, o ex-governador Silval Barbosa, bem como do ex-deputado José Geraldo Riva, este que, por sinal, já pediu mais de 20 vezes pela suspeição da magistrada, mas amargou a derrota em todos.
Entenda o Caso
Roseli Barbosa foi presa preventivamente no dia 20 de agosto, em São Paulo, durante a Operação Ouro de Tolo, um desdobramento da Operação Arqueiro, responsável por investigar um esquema de corrupção na Secretaria Estadual de Trabalho e Assistência Social (Setas), que teria lesado dos cofres públicos cerca de R$ 8 milhões, supostamente liderado pela ex-primeira-dama de Mato Grosso.
Todo o esquema teria acontecido entre 2012 e 2013, durante a gestão de Roseli. A Setas teria contratado a empresa Microlins e os Institutos de Desenvolvimento Humano (IDH/MT) para executar programas sociais referentes ao “Qualifica Mato Grosso”, “Copa em Ação”, entre outros através do uso de “laranjas”. Na ação, a qualidade desses cursos também é questionada.
O MPE narra um plano de desvio de verbas públicas, que seria encabeçado pelo empresário Paulo César Lemes, responsável pela delação premiada, o qual teria forjado a criação de institutos sem fins lucrativos “de fachada”, visando burlar a legislação e contratar diretamente com a Administração Pública, sem necessidade de concorrer em licitação.
Notícias dos Poderes
CCJ aprova projeto do voto impresso, e Rosana Martinelli comemora resultado
25 de Agosto de 2025 as 08h15Deputados apresentam proposta para mudar regra de pagamento da RGA em Mato Grosso
25 de Agosto de 2025 as 07h24Janaina assume o MDB em MT e foca em alianças para disputar majoritária
21 de Agosto de 2025 as 19h14Governo de MT estabelece novas regras para empréstimos consignados para servidores; veja mudanças
Entre as novas medidas de fiscalização estão penalidades mais rigorosas para descumprimento das regras, incluindo advertência, suspensão, descredenciamento e multas
21 de Agosto de 2025 as 13h30