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Projeto susta decisão do Governo que restringe Simples para várias profissões

Decisão teve forte repercussão negativa para o Governo

Política | 11 de Dezembro de 2019 as 09h 37min
Fonte: Assessoria

Foto: Assessoria

Líder do Bloco Parlamentar Vanguarda, o senador Wellington Fagundes (PL-MT) apresentou na terça-feira, 10, Projeto de Decreto Legislativo para sustar os efeitos da Resolução 150/2019, do Comitê Gestor do Simples Nacional. A medida governamental retira várias profissões, muitas ligadas as atividades culturais e artísticas, como professores de música, cantores e DJs do Programa Microempreendedor Individual, o MEI.

“O presidente Bolsonaro se comprometeu a revogar a decisão, mas até o momento não fez. Essa medida visa, ao revogar o ato do Governo, preservar as profissões” – explicou. O ato do Governo, publicado no Diário Oficial da União, passa a valer a partir de 1º de janeiro.

Em sua justificativa, Wellington Fagundes ressalta que a resolução do Governo retira o amparo jurídico do MEI e do Simples às atividades que não possuem clara relação trabalhista, como professores de música e artes cênicas, relegando-os à informalidade. “A Resolução contrariou a Constituição e a legislação de regência, exorbitou o poder regulamentar e invadiu a competência legislativa” – frisou.

Wellington ainda ressaltou que ao Legislativo cabe ponderar sobre política fiscal de estímulo à atividade produtiva e, mesmo assim, sob claros limites constitucionais ao poder de tributar. “É indispensável sustar o ato administrativo para zelar e preservar a competência legislativo do Congresso Nacional” – acentuou.

A medida do Comitê Gestor do Simples Nacional enfrenta fortes resistências dos meios acadêmico, cultural e político. A Secretaria Executiva do Simples Nacional se comprometeu a encaminhar proposta de ampla revisão da lista das 500 atividades que podem atuar como MEI.

De acordo com as regras, os profissionais autônomos só podem ser enquadrados como MEI se a ocupação estiver na lista definida pelo Comitê Gestor. Há ainda limite de faturamento de até R$ 81 mil por ano, o microempreendedor não pode ser sócio, administrador ou titular de outra empresa e é permitido contratar no máximo um empregado.

Os microempreendedores individuais são enquadrados no Simples Nacional e ficam isentos dos tributos federais (Imposto de Renda, PIS, Cofins, IPI e CSLL), têm cobertura da Previdência Social e valor fixo de recolhimento de tributos (INSS, ISS ou ICMS). Ao ser desenquadrado, o empreendedor poderá ser considerado microempresa ou empresa de pequeno porte.