Olá! Utilizamos cookies para oferecer melhor experiência, melhorar o desempenho, analisar como você interage em nosso site e personalizar conteúdo. Ao utilizar este site, você concorda com o uso de cookies.

Bom dia, Quinta Feira 21 de Agosto de 2025

Menu

Eleições 2016

Prefeito de Sorriso afirma que não irá se candidatar à reeleição

Dilceu Rossato garante que não é candidato na eleição de 2016

Política | 19 de Maio de 2016 as 20h 40min
Fonte: Jamerson Miléski

Sorriso, a segunda maior cidade do Norte de Mato Grosso e a capital nacional do agronegócio, deve manter a sua tradição recente de não reeleger seus prefeitos. Desde que a possibilidade de soldar dois mandatos consecutivos foi permitida pela legislação, apenas um prefeito – José Domingos Fraga Filho, atual deputado estadual – se reelegeu. Zé Domingos foi prefeito entre 1998 a 2004, além disso teve um mandato antes da reeleição existir, entre os anos de 1989 e 1992. Todos os demais prefeitos que tentaram a reeleição após Zé Domingos acabaram derrotados.

Inclusive o atual prefeito Dilceu Rossato (PR). Produtor rural e criador de peixes, Rossato assumiu a cadeira na saída de Zé Domingos, em 2004. Venceu por uma diferença pequena de votos, foi empossado e iniciou seu mandato. Em 2008 foi reconduzido para a disputa mas acabou derrotado por Chicão Bedin (PMDB). Bedin conduziu a prefeitura até 2012 e, na reeleição, foi derrotado pelo seu adversário do pleito passado: Dilceu Rossato.

Essa disputa não terá um terceiro tempo. Primeiro porque Chicão acabou se afastando da política e nos bastidores sequer figura como possível candidato a prefeito em 2016. Além disso, Rossato decidiu que não irá se candidatar.

A posição já é conhecida há bastante tempo pelos seus assessores e secretários, mas foi confirmada pelo prefeito na manhã dessa quinta-feira (19), para o CG Notícias. Em entrevista Rossato referendou sua posição, afirmando que reeleição não era um compromisso seu de campanha. “Estou satisfeito com o governo que fiz, com as conquistas que alcançamos e com tudo que foi realizado em Sorriso”, afirmou Rossato, citando o fato que até o final do ano 100% das ruas do município estarão pavimentadas, a instalação das instituições do chamado Sistema S (SENAI, SENAC, Senar), além do IFMT (Instituto Federal de Mato Grosso), a efetivação do aeroporto, entre outras ações na saúde, educação e urbanismo.

Rossato disse que sua decisão é baseada na percepção que tem do eleitorado local. Para o gestor, mesmo tendo um denso portfólio de trabalho em 3 anos e 4 meses, isso não se reflete em simpatia do eleitorado. “Sorriso é uma cidade de pessoas exigentes. Muito exigentes, principalmente com os gestores públicos”, descontraiu Rossato.

Outras lideranças que militam na política atribuem a desistência da reeleição ao fato do prefeito acumular uma grande rejeição – atribuída a sua postura política na última eleição. Rossato apoio a candidatura da presidente Dilma Roussef (PT), o que no cenário local causa forte dissabor.

Questionado se essa é uma saída da vida pública, Rossato disse que continua na política, mas compondo o grupo. Afirmou que pretende “fazer um substituto à altura”, capas de dar sequência às políticas públicas que implantou. Também negou qualquer acordo ou projeção para outro cargo político, como por exemplo, para deputado estadual. “Minha contribuição para política é como prefeito. É esse meu perfil”, ressaltou.

O nome do “substituto à altura” até o momento é do vereador e empresário Hilton Polizello (PTB). Rossato disse que existem outros nomes, inclusive dentro do seu grupo político, mas que no momento está apoiando o projeto de Polizello.

 

Outros nomes

O desapego de Rossato ao cargo abre espaço para outros interessados em administrar o município que mais produz grãos no país. Nessa lista está o atual vice-prefeito, Xuxu Dalmolim, que deixou o PDT onde concorreu para deputado federal em 2014, e se filiou ao PSD. Xuxu deixou o partido que era do governador Pedro Taques para se filiar no partido do vice-governador, Carlos Favaro. Não é a toa que é apontado como um dos nomes do grupo Taques para o interior.

O outro é do empresário Ari Lafin, do PSDB. Ex-vereador, candidato a deputado estadual em 2014 e até o ano passado na folha de pagamento do gabinete do deputado federal Nilson Leitão (PSDB), em Brasília, Ari também é um dos nomes que integram o arco do chamado “grupo do governador”.

José Domingos (PSD), não deve ser candidato a prefeito em Sorriso, tampouco Mauro Savi (PR). Os dois deputados estaduais pelo município seguem com sua carreira no legislativo estadual. O ex-vereador e apresentador de TV, Chagas Abrantes, até é lembrado pelo eleitorado como um possível candidato nas pesquisas de consumo dos partidos, no entanto, está inelegível, respondendo processo na justiça.