Sinop
Por incompetência em gerir a saúde, vereadores repudiam o Governo do Estado
Moção de repúdio ao governador Pedro Taques só foi reprovada pelos vereadores do PSDB
Política | 30 de Maio de 2017 as 11h 11min
Fonte: Jamerson Miléski
Apenas os 4 correligionários do governador Pedro Taques (PSDB), da Câmara de vereadores de Sinop votaram contrários a moção de repúdio ao Governo do Estado. O repúdio foi proposto pelo vereador Joacir Testa (PDT), que preside a comissão especial de acompanhamento da saúde. A ineficiência da gestão Taques, constatada nos problemas operacionais dos hospitais regionais de Sinop e Sorriso foi a principal motivação do repúdio. “Nós não precisamos de dipirona. Dipirona é para dorzinha de cabeça. O problema do hospital de Sinop é cirúrgico. O que precisamos é que os recursos sejam repassados de forma continua, todos os meses”, discursou Testa, referindo-se aos últimos repasses “em conta gotas”, feito pelo Estado ao Hospital Regional de Sinop. Segundo o vereador, o governo deve R$ 22 milhões a Fundação de Saúde Santo Antônio referente ao período de intervenção (novembro de 2014 à fevereiro de 2016), mais R$ 18 milhões de diferença entre o valor do contrato e o volume de serviços prestados na unidade. “São R$ 40 milhões que resolveriam todos os problemas do Hospital, mas o governo simplesmente não faz sua parte”, criticou o vereador.
Fernando Brandão (PR), um dos maiores críticos da gestão Taques na Câmara de Sinop, lembrou que o governador, quando assumiu, pediu 100 dias de prazo para resolver os problemas. “Ele disse que sabia o que estava assumindo e pediu o prazo de 100 dias. Os 100 dias passaram e tudo que esse governador faz é justificas suas falhas com o fracasso da gestão anterior”, pontuou Brandão.
Esse também foi o tom do discurso do presidente da Câmara, Ademir Bortoli (PMDB). “Falta gestão. Tudo que o governador faz é falar no ex. O ex está preso, pagando pelo crime que cometeu. Mas esse [Taques], é o bom, o pai da moralidade, que gasta milhões em mídia, levando jornalista para tirar self nos Estados Unidos, enquanto as pessoas morrem nos corredores dos hospitais”, criticou.
Favorável a moção de repúdio, Leonardo Viseira (PP), disse que o governo Taques foi lento e continua sendo. “Se o governo tivesse, no começo do mandato, destinado 50% do Fethab para os municípios investirem em saúde, isso não teria acontecido, algo que o Estado tenta fazer agora”, comentou. “Hoje o repúdio é pela saúde. Se continuar assim, em breve a moção vai ser na educação. Em Sinop o governo lançou 3 obras, todas estão paradas. A reforma da Escola Nossa Senhora de Lourdes, que era emergencial, para ser feita em 6 meses, está lá, parada, com o teto pronto para cair na cabeça dos alunos”, repudiou o vereador.
Os que não repudiam Taques
Os únicos que não votaram a favor da moção de repúdio foram os vereadores do PSDB – mesmo partido do governador. Ícaro Severo, Adenilson Rocha, Dilmair Callegaro e Luciano Chitilina, declararam que não acreditam que uma moção de repúdio irá resolver o problema e que ao reprova-la, prorrogam por mais uma vez a tentativa de resolver os problemas com diálogo. “Acredito que o governador tem buscado soluções sim. No inicio da sua gestão ele pediu para reduzir em 15% os repasses para os poderes (judiciário e legislativo), mas isso lhe foi negado. Com esse recurso, talvez desse para remediar a saúde. Para ter solução é preciso de dinheiro. Para ter dinheiro, precisa mais impostos. Alguém aqui aguenta mais impostos?”, questionou Dilmair.
Chitolina fez uma extensa defesa de Taques na tribuna, O vereador reafirmou que a saúde está muito ruim, que não concorda como o governador trata o setor, mas que antes era pior. “Taques assumiu um estado que foi roubado por uma quadrilha de ladrões. Nosso estado não foi roubado com as mãos, foi dinheiro carregado de patrola e caminhão... essa quadrilha deixou o Estado na miséria. Lembro do passado, pedindo para que essa moção de repúdio seja convertida em moção de apelo”, declarou o vereador.
O pedido de Chitolina não foi atendido. Seu discurso foi rebatido por outros vereadores que lembraram os escândalos do governo na secretaria de Educação e, mais recentemente, com os grampos ilegais. A moção de repúdio teve 10 votos favoráveis.
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