Operação Ventríloquo
Gaeco requer rescisão de delação concedida a advogado
Delator omitiu fatos sobre um dos investigados
Política | 20 de Setembro de 2017 as 11h 11min
Fonte: Redação com Assessoria
O Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) protocolou nesta terça-feira (19), na 7ª Vara Criminal de Cuiabá, pedido de rescisão do acordo de delação premiada realizado com o advogado Joaquim Fábio Mielli Camargo, colaborador da primeira fase da “Operação Ventríloquo”. De acordo com o Gaeco, ele teria omitido fatos ilícitos propositadamente com a finalidade de proteger o deputado Estadual Romoaldo Aloisio Boraczynski Júnior.
De acordo com o Gaeco, ao formalizar o acordo de colaboração premiada, Joaquim Fábio Mielli Camargo estava ciente de que uma vez comprovado que o colaborador sonegasse a verdade ou mentisse em relação aos fatos em apuração, o acordo perderia o efeito e seria rescindido para todos os efeitos.
Segundo os promotores do Gaeco, a partir de conversas ambientais gravadas pelo também colaborador Julio César Domingues Rodrigues com os interlocutores Romoaldo Aloisio Boraczynski Júnior e Joaquim Fábio, ficou comprovado o envolvimento do parlamentar no esquema criminoso e a certeza de que o advogado Joaquim Fábio tinha conhecimento dessas informações e da participação do deputado nos crimes investigados e as sonegou quando ouvido pelo Ministério Público.
Com a rescisão do acordo, o Gaeco requereu o cancelamento de todos os benefícios propostos inicialmente ao advogado Joaquim Fábio e oferecerá denúncia pelos crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro e peculato.
OPERAÇÃO VENTRÍLOQUO
A operação Ventríloquo visou desmantelar uma organização criminosa instalada na Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso e que teria desviado milhões de reais dos cofres públicos.
De acordo com o Gaeco, “no período compreendido entre os anos de 2013 e 2014 os investigados junto com parlamentares estaduais constituíram uma organização criminosa estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas com um único objetivo: saquear os cofres da Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso”.
No mesmo período os investigados teriam ocultado e dissimulado a natureza e a origem dos valores provenientes da infração penal cometendo o crime de lavagem de capitais. Na época, a Assembleia Legislativa contratou um seguro junto ao antigo Bamerindus Companhia de Seguros na década de 90 (hoje HSBC, que o incorporou), porém, não quitou os valores devidos, o que levou à Seguradora ingressar com a ação de execução no ano de 1997.
Na época os promotores concluíram que entre os meses de fevereiro à abril de 2014 os denunciados subtraíram cerca de R$ 9,5 milhões em proveito próprio e alheio valendo-se da condição de funcionários públicos de alguns de seus membros.
Notícias dos Poderes
Câmara aprova projeto do Castramóvel e de políticas públicas voltadas para a saúde de Sinop
12 de Agosto de 2025 as 07h46Mendes lidera pesquisa ao Senado com 37,8%; Janaina tem 18,8%
O pleito eleitoral do ano que vem elegerá dois senadores; Pedro Taques tem a maior rejeição
12 de Agosto de 2025 as 07h50Trump oferece 50 milhões de dólares para quem prender Nicolás Maduro
09 de Agosto de 2025 as 08h30Lula diz que vai convidar Trump para a COP30, em Belém
Presidente quer saber o que norte-americano pensa da questão climática
06 de Agosto de 2025 as 07h00Senadores de MT querem impeachment de Alexandre de Moraes; veja como é o rito
05 de Agosto de 2025 as 15h02Bolsonaro fala por telefone em ato em Cuiabá e pode ter violado decisão do STF
04 de Agosto de 2025 as 08h04Trump assina decreto e impõe tarifa de 50% sobre produtos brasileiros a partir de 6 de agosto
Medida é classificada como emergência nacional e visa punir suposta censura no Brasil; carne e café estão entre os itens que ficarão mais caros, enquanto suco de laranja, minérios, aviões e petróleo foram poupados
30 de Julho de 2025 as 16h37