Saldo positivo
Dinheiro entregue por Silval para sair da prisão é menor que valor supostamente desviado
Acordo prevê a devolução de R$ 46,6 milhões
Política | 26 de Junho de 2017 as 10h 13min
Fonte: Olhar Direto

Falar a verdade foi o suficiente para que Silval Barbosa conseguisse sair da prisão. Mas não foi tudo. Depois de quase dois anos preso, o ex-governador aceitou entregar exatos R$ 46.624.690,30 em bens, valor que ficou estabelecido em uma espécie de ‘acordo de confissão’ firmado entre ele e o Ministério Público de Mato Grosso.
Segundo levantamento feito pelo Olhar Jurídico, realizado com dados das denúncias elaboradas pelo MP, o valor entregue pelo ex-governador é 43% menor do que àquele que teria sido desviado pelo grupo. Ao todo, a quadrilha chegou a se apoderar de R$ 50.714.061,50 dos cofres públicos de Mato Grosso. O valor, se corrigido pela inflação, equivale atualmente à R$ 81.399.760,69.
O MP não esclareceu - durante ou depois das investigações - qual foi o volume de dinheiro apropriado por Silval individualmente. O que se sabe até aqui, tendo como base os valores que constam nas denúncias encaminhadas à juíza Selma Rosane Arruda, é o quanto foi desviado ao todo, sem distinção entre os membros do grupo criminoso.
Outra questão que ainda não foi explicada diz respeito a base de cálculo que tornou a devolução do dinheiro possível. Até o momento, o Ministério Público não deu detalhes sobre como foi calculado ou decidido o valor a ser entregue por Silval e por Silvio César Corrêa de Araújo, fiel escudeiro do ex-governador, que firmou o mesmo ‘acordo’ com o MP.
Outra proporção
Em termos de valores, já dá pra dizer que Silval assumiu grande parte da culpa pelos crimes cometidos. Aproximadamente 56% do dinheiro desviado, segundo as denúncias, será devolvido por ele. Não é possível saber, no entanto, quanto desse valor representa o que de fato foi surrupiado pelo ex-governador. Por conta disso, fica difícil estipular se Silval está entregando a mais ou a menos do que foi tomado só por ele do estado, mas já é o suficiente para dizer que os bens entregues não vão cobrir o rombo deixado no final da sua gestão.
Procurada pela nossa reportagem, a promotora Ana Cristina Bardusco, que figurou como liderança no pólo de acusação contra o ex-governador, não quis comentar sobre o dinheiro entregue à Justiça. Bardusco disse apenas que o ‘acordo’ a que tem se referido à imprensa não é uma delação premiada, mas apenas uma confissão do investigado.
Operações policiais
O nome da promotora, aliás, está em todas as denúncias contra Silval. Desde setembro de 2015, data da proposição da Sodoma I, é ela quem assina os pedidos de prisão preventiva, condução coercitiva e apreensão abertos contra a quadrilha liderada pelo ex-governador. De lá até aqui foram cinco operações policiais (Sodoma I, Seven, Sodoma III, Sodoma V e Sodoma IV). Em todas elas, o Ministério Público confirmava a liderança de Silval sobre o grupo.
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