Corretores que apontaram os preços dos alugueis são ouvidos na CPI

Vereadores começam a ouvir os profissionais que atestaram os preços pagos pela prefeitura

A CPI dos Aluguéis da Câmara de vereadores de Sinop realizou, na tarde desta quarta-feira (13), uma rodada de oitivas. Dos 18 corretores que avaliaram os contratos de locação da Prefeitura, na época em que foram assinados, 15 foram localizados pela assessoria parlamentar da comissão. Todos foram oficiados, mas apenas 6 compareceram para responder os questionamentos dos vereadores.

Estiveram presentes Neiva Dopper, Mariceni Boscoli Dias, Alfredo Kirsch, José Capelo, Antônio Carlos Garcia e Paulo César de Oliveira. Eles explicaram os métodos e normas utilizados para definir os valores na época da avaliação. Toda pessoa que pretende alugar um imóvel para a prefeitura precisa apresentar 3 avaliações de corretores profissionais ou imobiliárias – o valor médio será o preço pago pelo município.

A assessoria parlamentar vai fazer uma nova convocação dos corretores que não compareceram. As oitivas são referentes aos 6 primeiros contratos entregues pelos avaliadores. Ao todo, são investigados 54.

Integram a CPI dos Aluguéis os vereadores Fernando Brandão (PR) – presidente, Ademir Bortolli (PMDB) – relator, Fernando Assunção (PSDB), Nevaldir Graff (PMDB) e Wollgran de Lima (DEM) como membros. Também acompanharam as oitivas os vereadores Francisco Specian (PMDB), Julio Dia (DEM) e Roberto Trevisan (PR).

Avaliadores

A CPI também conversou com os representantes das 3 empresas contratadas pela Câmara de vereadores para avaliar os contratos de locação sob investigação. Foram ouvidos nesta quarta-feira Neiva Della Valle e Alex Sandro Kasssner ( Valle Imóveis - de Sorriso), Tiago Cichelo (TC Engenharia – Cuiabá) e Gilberto Carvalho (Imobiliária Maria Carolina – Sinop) . Eles falaram quais os critérios adotados nas avaliações e como o trabalho foi feito. Os profissionais explicaram que foram feitos estudos de mercado, em Sinop, e avaliação de imóveis próximos aos locados pela Prefeitura. “Cada avaliação utiliza todas as variáveis que estão ali. É praticamente impossível que duas avaliações dêem o mesmo valor”, explicou Tiago Cichelo.

Na primeira leva de avaliações repassadas para a CPI, dos 6 imóveis analisados, 3 apresentaram diferenças agudas entre o preço pago pela prefeitura e a avaliação de mercado: majoração de 48% a 153%.

A comissão volta a se reunir nessa sexta-feira (15). O prazo para conclusão dos trabalhos e apresentação do relatório final é dia 28 de maio.