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Eleições 2026

Adversários históricos estarão juntos em 2026

Neri Geller sela apoio a candidatura de Otaviano Pivetta para governador

Política | 09 de Julho de 2025 as 11h 06min
Fonte: Jamerson Miléski

Foto:Divulgação

Desde 1997 duas lideranças políticas emergidas em Lucas do Rio Verde sentam em lados opostos da mesa. No mesmo ano que Otaviano Pivetta se tornou prefeito do município, Neri Geller começou sua carreira política, como vereador, na oposição. Ao longo desses 28 anos as duas lideranças se estabeleceram no cenário político, ganharam expressão estadual e importância no debate nacional, mas nunca travaram um pleito no mesmo grupo. Até agora.

Na extensa e pesada lista de “figurões” da política que estiveram presentes no jantar realizado na noite desta terça-feira (8), na Chácara Bom Futuro, para consagrar a candidatura de Pivetta ao Governo de Mato Grosso, constava o nome de Geller. O ex-ministro da Agricultura foi um dos fiadores do nome de Pivetta para o Paiaguás, junto com o atual governador Mauro Mendes, o presidente da Assembleia Legislativa Max Russi, o presidente nacional do Republicanos Marcos Pereira, o presidente da MT Par Cidinho Santos, os deputados estaduais Valmir Moretto, Diego Guimarães, Paulo Araújo e Ondanir Bortolini (Nininho), o ex-deputado Adilton Sachetti, o ex-chefe da Casa Civil Mauro Carvalho e o ex-ministro da Agricultura Blairo Maggi.

Blairo que foi determinante na aproximação dos antigos adversários. Geller contou ao GC Notícias que há cerca de um ano e meio teve uma conversa com Blairo. O conselho foi para que Geller desse um passo atrás, retirando uma possível candidatura ao Senado Federal para então voltar a disputar a eleição como deputado federal. O argumento era de que Geller deveria fazer esse movimento para não abandonar a sua base eleitoral e garantir um espaço de atuação na cena política. Na mesma conversa Blairo tocou no assunto Governo de Mato Grosso, declarando que acreditava ser o momento de Pivetta. “Politicamente sempre estivemos em lados opostos, mas sempre com muito respeito das duas partes. Em Lucas do Rio Verde, onde começamos, disputávamos a eleição e depois nos acertávamos, para trabalhar junto. Sempre foi assim, duelo na campanha depois soma forças. À medida que fui ganhando expressão estadual e o Pivetta também, somamos politicamente para tratar dos grandes temas… e agora mais do que nunca. Estamos no momento de discutir a política nacional. Hoje o projeto é muito maior”, comentou Geller. 

Para o ex-ministro da agricultura, Mato Grosso está “caminhando largo”, crescendo de forma aguda e desenvolvendo seus setores de base. Essa toada, avalia Geller, deve continuar nos próximos anos, o que exige responsabilidade na definição dos próximos comandantes do Estado. “Precisamos continuar nessa linha para suportar o crescimento que está por vir. Mato Grosso tende a se tornar um dos Estados mais importantes do país, talvez até superando São Paulo”, analisou.

A formação de um denso grupo político em torno da candidatura de Pivetta foi comparada por Geller ao movimento de coalizão promovido em 2002 que sustentou a primeira eleição de Blairo ao Governo do Estado. Na sua avaliação existem muitos bons nomes, talvez até melhores do que de Pivetta, mas que não estão no processo. Geller avalia que Pivetta tem boa densidade eleitoral, experiência na gestão pública e soube se posicionar junto as lideranças que compõem o atual grupo político. “É a vez do Pivetta”, acrescentou.

Apesar do amplo grupo político e da costura em torno de Pivetta para evitar rachas, Geller diz que não há clima de “já ganhou”. “Não foi o que senti! Não vi ninguém de ‘salto-alto’, subestimando adversários e dizendo que a eleição está garantida. Eleição é sempre na urna e ainda falta mais de um ano”, revelou Geller.

Produtor rural, empresário, ex-deputado federal e ex-ministro da Agricultura, Geller afirmou que “está nesse grupo há muito tempo”, indicando a sua proximidade com as prioridades políticas atacadas pelo grupo. Ele citou sua jornada como deputado, dizendo ser alguém capaz de conversar com a direita, com a esquerda e com o centro, frisando que a união em torno de um nome sólido como o de Pivetta é uma medida prudente para conter um “radicalismo político” em 2026.

Depois de 8 anos filiado ao PP (sua segunda passagem pela sigla), Geller se filiou em maio desse ano no Republicanos, partido devidamente alinhado à candidatura de Pivetta para Governador e Mauro Mendes para Senador, onde deve disputar a eleição para deputado federal.