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Personal executada

Delegado descarta participação de farmacêutica em assassinato

Aline Valandro Kounz foi presa e solta no mesmo dia; marido, PM Raylton Mourão, confessou o crime

Polícia | 02 de Outubro de 2025 as 07h 22min
Fonte: Mídia News

Foto: Divulgação

O delegado Bruno Abreu, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), descartou a participação da farmacêutica Aline Valandro Kounz na morte da personal trainer Rozeli da Costa Souza Nunes.

Ela também não será “punida” por ter fugido com o marido, o soldado da Polícia Militar Raylton Duarte Mourão.

Raylton foi preso e confessou ser o autor dos disparos que mataram Rozeli no dia 11 de setembro, em Várzea Grande. O crime foi motivado por uma ação judicial por danos morais contra a empresa do militar e da esposa, em razão de um acidente de trânsito.

A Polícia acredita que houve conivência e ajuda na fuga, mas a própria lei abre precedentes para isso, segundo o delegado. Além de Aline, os pais do militar foram ouvidos e apresentaram versões controversas.

“Favorecimento pessoal contra descendente, o próprio Código Penal entende que é uma exclusão de punibilidade. Não tem como o legislador exigir de uma família que entregue o marido, popularmente falando. Então, a própria lei isenta o pai, a mãe e os parentes de pena”, explicou o delegado.

“Em relação à fuga, ela [Aline] está isenta de pena. Quanto ao homicídio, não há nenhum elemento que indique participação dela. Pode ter havido conivência, mas a legislação não pune a conivência, e sim a participação e a autoria”, completou.

Saída na madrugada

Um dos elementos citados por Abreu foi o fato de Raylton ter saído de casa durante a madrugada com a moto desligada, só ligando o veículo do lado de fora para evitar que a esposa acordasse.

Aline se entregou à Polícia no dia 23 de setembro, foi ouvida na DHPP e teve a prisão revogada pela Justiça no mesmo dia.

A decisão foi do juiz Pierro de Faria Mendes, da 1ª Vara Criminal. Ele acolheu o pedido do delegado Bruno Abreu, responsável pela investigação, para revogar a prisão, por não haver indícios de autoria ou participação dela no crime.

O Ministério Público também concordou com o pedido de revogação.

O crime

Rozeli, que tinha 33 anos, foi atingida por disparos de arma de fogo dentro de seu carro, um Renault Sandero, na manhã do dia 11 de setembro, na rua de casa, no bairro Cohab Canelas, em Várzea Grande.

Câmeras de segurança registraram a execução, que ocorreu por volta das 6h20, quando Raylton e seu comparsa, que foi identificado como Victor Hugo, aparecem em uma motocicleta preta e se aproximaram do veículo de Rozeli e atiram quatro vezes contra ela.

A vítima seguia para uma academia na avenida Filinto Müller, onde trabalhava e treinava. Após o crime, os motociclistas fugiram.