DE 27% PARA 30%
Economista: Aumento de etanol na gasolina é pedido antigo dos produtores rurais, que são os maiores beneficiados
Estado de Mato Grosso é o líder nacional na produção de etanol de milho.
Geral | 27 de Junho de 2025 as 07h 25min
Fonte: Repórter MT

A decisão do Governo Federal de aumentar, a partir de agosto, a quantidade de etanol na gasolina de 27% para 30% deve beneficiar principalmente os produtores de Mato Grosso, Estado que é líder na produção do biocombustível à base de milho no Brasil. A análise foi feita pelo economista Vivaldo Lopes.
Para o analista, a decisão, anunciada nessa quarta-feira (25), tem três grandes sinais. O primeiro deles é atender uma demanda antiga do setor da agropecuária. “É um pedido antigo da Agro aumentar o percentual do etanol na gasolina, porque isso pode aumentar a produção de etanol e consequentemente aumentar a produção de milho”, explicou.
Mato Grosso é o maior produtor de etanol e de milho do Brasil e, na visão de Vivaldo, deve ser o mais beneficiado com a decisão. Havia uma expectativa de que a produção estivesse próxima de atingir um limite do consumo, o que significava sobra do produto, com essa nova demanda, o cenário deve ser outro.
“Com o excesso de um milho e do etanol, você pode ter queda de preço. Então, eu acho que o governo está garantindo uma demanda, porque os 3% são milhões e milhões de litros de etanol que serão carregados para distribuidoras que vão fazer a mistura. Então, é um mercado que interessa para os produtores de milho e de etanol de milho. No caso, eu considero que Mato Grosso é o maior beneficiado dessa medida”, avalia.
O segundo sinal transmitido pelo governo diz respeito à transição energética e a diminuição do uso de combustível à base de petróleo, que são mais poluentes. “O governo está, vamos dizer, fazendo um movimento para sair do petróleo, da dependência do petróleo para usar mais biocombustíveis, bioenergia”, explicou o analista.
Na mesma direção, o terceiro sinal enviado com a decisão está associado à redução da dependência do preço do petróleo, que varia muito ao longo do ano.
“Se você aumentar o percentual de etanol na gasolina, naturalmente você vai reduzir a quantidade de petróleo, especialmente num ambiente em que o preço do petróleo teve uma alta e pode ter outras altas com essas guerras aí e Oriente Médio e Rússia”, disse.
Para Vivaldo, a medida não deve ter o efeito de reduzir o custo do combustível, porque o aumento da demanda por etanol deve ser correspondido com o aumento do seu preço. De todo modo, o economista acredita que a medida vai ajudar a estabilizar o preço, evitando as flutuações.
“Eu considero isso mais um efeito colateral, que será, se não reduzir o preço da gasolina, pelo menos estabilizar, inibir o crescimento. Acho que é é uma medida que agrada a sociedade, agrada a indústria, agrada o agro e é bom para todos”, concluiu.
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