Esquema de Lobista de MT
Armas, lobby e assassinato: a investigação sobre corrupção no STJ
PF já chegou às primeiras provas de pagamento de propina a um assessor do tribunal e revelou movimentação financeira bilionária
Geral | 02 de Maio de 2025 as 10h 47min
Fonte: UOL

A investigação da Polícia Federal sobre um suposto esquema de venda de decisões do STJ (Superior Tribunal de Justiça) liderado pelo lobista Andreson de Oliveira Gonçalves, de Mato Grosso, já chegou às primeiras provas de pagamento de propina a um assessor do tribunal e revelou movimentação financeira bilionária.
A PF está seguindo o caminho desse dinheiro.
Um relatório do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) apontou uma movimentação financeira suspeita no valor total de R$ 2 bilhões feita pelo lobista e pessoas ligadas a ele —incluindo sua esposa, a advogada Mirian Ribeiro, e o advogado Roberto Zampieri, assassinado no final de 2023, crime que deu o pontapé inicial para a investigação.
Em outubro de 2024, a reportagem do UOL revelou que Andreson de Oliveira Gonçalves tinha acesso indevido a documentos internos e a minutas de decisões de ministros do STJ.
As suspeitas vieram a público após a apreensão do telefone celular de um advogado de Cuiabá, Roberto Zampieri, assassinado no fim de 2023, em Cuiabá.
Investigadores encontraram no aparelho diálogos em que Andreson, parceiro de Zampieri, demonstra ter relação próxima com diversos funcionários de gabinetes do STJ.
As investigações apontam que o mandante do assassinato de Zampieri é um produtor rural prejudicado pelo esquema de venda de decisões na segunda mais alta corte do país.
“Parece um faroeste caboclo. Tem armas, corrupção, lobby por gabinetes brasilienses e assassinato”, comentou Toledo.
“Só para ter uma ideia das cifras envolvidas, porque a Polícia Federal começou a seguir o rastro do dinheiro pra dar prosseguimento à investigação, esse relatório do Coaf que fez uma análise inicial de movimentações financeiras suspeitas envolvendo Andreson, Mirian e também Roberto Zampieri totalizou transações no valor de R$ 2 bilhões”, afirmou Aguirre.
“Se todos os valores fossem lícitos, já seriam valores altíssimos a serem movimentados”, complementou.
Ao se aprofundar nas transações, a PF já descobriu que uma empresa do lobista transferiu R$ 4 milhões para uma empresa da esposa de um assessor do STJ, Márcio Toledo Pinto, que trabalhou nos gabinetes das ministras Isabel Gallotti e Nancy Andrighi.
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