Déficit
Vagas nas creches atendem metade da população
Sinop tem 4,5 mil vagas para educação infantil e mais de 9 mil crianças entre 0a 6 anos
Educação | 19 de Janeiro de 2015 as 16h 00min
Fonte: Jamerson Miléski

Sinop precisa construir 16 creches para acabar com o déficit da educação infantil. É o que mostram os números da secretaria municipal de Educação, em comparação com os resultados do Censo IBGE. As estatísticas mostram que o histórico problema de falta de vagas na educação infantil é bem mais grave do que se imaginava. Pelo menos metade das crianças não são atendidas pelas creches públicas.
Nas contas da secretaria de Educação, Sinop precisa abrir 2.371 vagas para atender crianças de 0 a 5 anos (ou 6, dependendo da data corte). Esse é o número da “lista de espera” feita pela secretaria até a primeira semana de dezembro. Ou seja, nessa relação estão contabilizadas apenas as crianças cujos pais foram até as unidades escolares ou na secretaria para tentar colocar seus filhos nas unidades escolares. Mas o problema é bem maior.
Segundo os dados fornecidos pela secretária de Educação, Gisele Oliveira, Sinop possui 18 creches – 11 funcionam em prédio próprio. Estão matriculadas no município 4.504 crianças, sendo 1.583 relacionadas em creches (0 a 3 anos) e 2.921 em Pré-escola (4 a 5 anos). Pelas metas traçadas no PDI (Plano de Desenvolvimento Integrado), elaborado em 2013, Sinop já atingiu a cota de vagas para 0 a 3 anos e faltam pouco mais de 100 vagas para crianças de 4 a 5 anos. A meta não é para atender a 100%. “Estamos próximo a atingir a meta. É verdade que ela é baixa [27% para crianças de 0 a 3 anos; 79% para 4 e 5 anos], mas foi o que traçou-se para Sinop”, explica a secretária.
O problema só aumenta de proporção quando são analisados os dados do IBGE. De acordo com o censo demográfico de 2010 (com 4 anos de defasagem), Sinop tem 9.042 crianças entre 0 a 6 anos – apenas na cidade. São mais 1.612 na zona rural. Todas as vagas da educação infantil que a cidade dispõe hoje são suficientes para atender a metade dessa população.
Até dezembro de 2016, os município brasileiros precisam matricular 100% das crianças a partir de 4 anos de idade. Para o município, em suas contas, faltam 26% desse total – que correspondem a pouco mais de 1 mil vagas ou seja, 4 novas creches.
Já para atender a 100% da população, o problema é um pouco maior.
Corrigindo o déficit
Em fevereiro de 2015 começam a operar 3 novas creches, que tem capacidade de atender 280 crianças cada. São 840 novas vagas. Outras 3 creches estão em construção e devem ser entregues até o final do ano.
Além dessas 6 unidades, outras 4 devem ser construídas pela Caixa Econômica Federal. As unidades fazem parte do Programa Minha Casa Minha Vida, que implantou diversas unidades habitacionais no município. Esses residenciais populares irão receber uma creche cada.
Ou seja, para 2015 serão construídas 10 creches, que juntas irão gerar 2,8 mil vagas. É o começo, mas não será o suficiente. Considerando que a população de crianças medida pelo IBGE tenha se mantido estática, estarão faltando ainda 6 creches para atender 100% da demanda.
A secretaria de Educação também está trabalhando para corrigir isso. Segundo Gisele, acordos estão sendo firmados com o Governo do Estado, para que a secretaria estadual assuma mais turmas do ensino fundamental, dando condições do município se concentrar com a educação infantil. “Essas creches e unidades que começam a operar em 2015 precisam de profissionais e recursos. O município não tem como assumir tudo sozinho. Por isso estamos repassando as séries finais do ensino fundamental para o Estado, que também tem responsabilidade”, explicou.
Para construir as 6 creches que faltam em nossa conta seriam necessários pelo menos mais R$ 12 milhões. Segundo o prefeito da cidade, Juarez Costa, não há previsão desse recurso. “Teremos que buscar nos ministérios”, informou.
O gestor considerou ainda a possibilidade de leiloar patrimônios do município (terrenos), e destinar o recurso para creches. “A principio temos que terminar as que estão em andamento e cobrar a construção das 4 unidades da Caixa. Depois que tudo estiver funcionando vamos medir o déficit. Se for o caso trabalharemos com prédios alugados para atender a demanda”, explicou o gestor.
De 2009, quando assumiu a prefeitura, até agora, 1.460 novas vagas foram geradas.
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