Lucro contábil
Com tombo de 60% no lucro, Banco do Brasil tem pior resultado desde 2018
	  
	  Economia | 15 de Agosto de 2025  as 13h 00min
     Fonte: Isto é com Reuters

O Banco do Brasil registrou lucro líquido ajustado de R$ 3,784 bilhões no segundo trimestre, um tombo de 60% em relação ao mesmo período do ano passado. Já o lucro líquido contábil, que não considera ajustes, somou R$ 3,035 bilhões, uma queda de 66%.
Segundo levantamento da Elos Ayta, o resultado do BB foi o pior já registrado desde o 1º trimestre de 2018, em termos nominais, quando o lucro contábil somou R$ 2,749 bilhões.
No acumulado no semestre, o lucro do Banco do Brasil somou R$ 9,807, o que corresponde a uma diminuição de 44,7% na comparação com os primeiros 6 meses do ano passado.
O resultado confirmou os temores dos investidores e veio pior do que o esperado. Para o segundo trimestre, as projeções apontavam lucro de R$5 bilhões, segundo a LSEG.
Em seu balanço, o Banco do Brasil estimou um lucro menor para o ano e cortou o percentual do resultado a ser distribuído a acionistas. Em fato relevante, o banco também anunciou revisão do chamado payout, o percentual de lucro pago aos acionistas por meio de dividendos, para 30% em 2025 versus entre 40% e 45% anteriormente.
O BB agora estima um lucro líquido ajustado entre R$ 21 bilhões e R$ 25 bilhões em 2025.
Veja a evolução do lucro do BB
| Período | Lucro liquido Contábil (em R$ Milhões) | 
| 1T2018 | R$ 2.749 | 
| 2T2018 | R$ 3.135 | 
| 3T2018 | R$ 3.175 | 
| 4T2018 | R$ 3.803 | 
| 1T2019 | R$ 4.005 | 
| 2T2019 | R$ 4.207 | 
| 3T2019 | R$ 4.256 | 
| 4T2019 | R$ 5.694 | 
| 1T2020 | R$ 3.205 | 
| 2T2020 | R$ 3.209 | 
| 3T2020 | R$ 3.085 | 
| 4T2020 | R$ 3.199 | 
| 1T2021 | R$ 4.226 | 
| 2T2021 | R$ 5.524 | 
| 3T2021 | R$ 4.609 | 
| 4T2021 | R$ 5.352 | 
| 1T2022 | R$ 6.660 | 
| 2T2022 | R$ 7.625 | 
| 3T2022 | R$ 8.099 | 
| 4T2022 | R$ 8.627 | 
| 1T2023 | R$ 8.207 | 
| 2T2023 | R$ 8.354 | 
| 3T2023 | R$ 8.396 | 
| 4T2023 | R$ 8.862 | 
| 1T2024 | R$ 8.782 | 
| 2T2024 | R$ 8.965 | 
| 3T2024 | R$ 8.920 | 
| 4T2024 | R$ 8.773 | 
| 1T2025 | R$ 6.772 | 
| 2T2025 | R$ 3.035 | 
Fonte: Elos Ayta
Rentabilidade abaixo da concorrência
O retorno sobre patrimônio líquido (ROE) no segundo trimestre desabou a 8,4%, de 16,7% nos primeiros meses do ano e 21,6% um ano antes. Para efeito de comparação, Itaú Unibanco teve ROE de 23,3%, enquanto Santander Brasil registrou 16,4% e Bradesco marcou 14,6%.
A rentabilidade do BB tem sido pressionada em 2025 pelo agronegócio e pelo aumento da inadimplência.
No segundo trimestre, o custo do crédito, formado pelas despesas de perda esperada somada aos descontos concedidos e deduzidas das receitas com recuperação de crédito, alcançou R$ 15,9 bilhões, de R$10,15 bilhões nos primeiros três meses do ano e de R$7,8 bilhões um ano antes.
Para o ano, o banco calcula o custo na faixa de R$ 53 bilhões a R$ 56 bilhões.
De acordo com o banco, a linha foi influenciada, principalmente, pela continuidade da dinâmica agravada da carteira de agronegócios, cuja inadimplência alcançou 3,49%, de 3,04% três meses antes e 1,32% em junho de 2024.
A carteira de crédito encolheu 0,3% na base trimestral, a R$404,9 bilhões. Ano a ano, subiu 8%.
“Apesar do cenário positivo para a safra no Brasil em 2025, com uma colheita recorde, e do elevado percentual de garantias nessa carteira, há um estoque de operações que não foram pagos na safra 2024/2025, inclusive, por conta das recuperações judiciais no setor – que exigem maior provisionamento sob a nova regulação”, afirmou o BB.
A inadimplência acima de 90 dias da carteira de crédito como um todo atingiu 4,21%, de 3,86% no trimestre anterior e 3% um ano antes. Na pessoa física, esse percentual subiu de 5,10% para 5,59% entre março e junho deste ano, enquanto na pessoa jurídica passou de 4,06% para 4,18%.
As despesas com provisões para os chamados créditos de liquidação duvidosa somaram R$ 15,9 bilhões no segundo trimestre, com alta de 105% em relação a junho de 2024.
“O ano de 2025 é de ajuste para aceleração do crescimento”, afirmou a presidente do BB, Tarciana Medeiros, em nota à imprensa após a divulgação do balanço do segundo trimestre.
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