OPORTUNIDADE
Com “tarifaço” de Trump e peso valorizado, Brasil amplia as exportações para a Argentina
Em meio ao conflito com os EUA pelas tarifas de Trump, o Brasil viu um salto expressivo nas vendas à Argentina, impulsionado também pela valorização do peso argentino que ampliou a competitividade dos produtos brasileiros no mercado vizinho.
Economia | 25 de Julho de 2025 as 08h 10min
Fonte: O Tempo

Enquanto Trump aplica tarifas altas ao Brasil, o país aproveita valorização do peso argentino e amplia exportações ao vizinho do Sul. No primeiro semestre de 2025, as vendas brasileiras à Argentina cresceram 55,4%, alcançando US$ 9,1 bilhões.
A composição das exportações destaca veículos de passageiros (21,6%), autopeças e acessórios (9,7%) e veículos de carga (6,4%) no total exportado ao país vizinho nesse período.
Mesmo setores tradicionais, como a carne bovina, registraram crescimento expressivo das exportações: de aproximadamente US$ 1 milhão no primeiro semestre de 2024 para US$ 22,9 milhões em 2025. Embora represente apenas 0,25% das exportações argentinas, esse volume começou a incluir cortes, não apenas carne processada, conforme importadores locais.
Em algumas regiões, produtos brasileiros estão significativamente mais baratos. Em março, o quilo da carne brasileira chegou a 9.000 pesos, enquanto a argentina custava cerca de 22.000 pesos. Consumidores relatam encontrar pão fatiado brasileiro ou leite uruguaio por preços mais atrativos do que os produtos locais.
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No sentido inverso, o Brasil importou US$ 6,2 bilhões de produtos argentinos no primeiro semestre (alta de 1,6%), resultando em superávit comercial de US$ 3 bilhões a favor do Brasil.
A Argentina ampliou suas importações em 2025: no primeiro trimestre, elas representaram 32% do PIB — a maior proporção em 135 anos — reflexo da liberalização do comércio, desregulamentações, valorização do peso frente ao dólar, queda da inflação e aumento do turismo de compras em países vizinhos.
Economistas locais apontam que, embora o ritmo de importações seja elevado, o patamar ainda parte de níveis muito baixos. A Invecq Consultoria e a IAE Business School destacam que a medida parece sustentável até o fim do ano, mas sem reformas estruturais, alguns setores, especialmente de pequenas e médias empresas, poderão sofrer com a carga tributária e perder competitividade local.
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